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Boas práticas Maçônicas – Educação em ciência política

Olá pessoal! Alguns meses atrás, em um desses debates de internet, um irmão levantou uma questão bem relevante: o que fazemos para inspirar os demais irmãos a continuarem no caminho da Arte Real? Enquanto as más notícias, os problemas políticos e as muitas (MUITAS) notícias falsas se espalham em velocidade alarmante, parece que os bons trabalhos, por não renderem tantos cliques, acabam caindo no esquecimento.

Com isso em mente, eu propus um projeto que apelidei de “Boas Práticas” onde pretendo relatar atividades realizadas por maçons, dentro e fora de loja, que possam ser consideradas boas práticas sob a ótica da fraternidade. A ideia é abarcar ramos diversos, sejam trabalhos na área da educação, cultura ou filantropia, tanto dentro quanto fora de loja, feito por irmãos de forma coletiva ou individual.

Então, indo direto ao ponto, hoje apresentamos o piloto do projeto, uma entrevista feita com o irmão Tiago Valenciano, apresentando o projeto de conscientização política de sua loja. Após as perguntas e respostas, tecerei alguns comentários sobre o projeto em si.

Primeiramente, você pode se apresentar?

Sou Tiago Valenciano, da Loja Schroder – Maringá-PR GOP. Estou na ordem há 10 anos.

Você pode explicar, resumidamente, o projeto?

O projeto consistia basicamente na explicação da política pelos próprios irmãos da loja. Cada um escolhia um tema e explicava, relacionado, é claro, às eleições de 2016 (cargos, funções publicas).

Qual foi a motivação para sua implementação? De onde veio a ideia? Como o projeto veio a existir?

O projeto existiu da preocupação dos irmãos da loja em tornar público uma informação de utilidade. Além disso, muitos irmãos estavam envolvidos em campanhas, órgãos públicos e afins e gostariam, é claro, de ter um eleitorado mais capacitado para abordar questões políticas.

Como o projeto foi disponibilizado? Quais ferramentas foram utilizadas? Quais caminhos foram tentados para levar o projeto ao seu público alvo?

Além de adesivos de conscientização, o projeto foi disponibilizado em vídeos no Facebook e demais redes sociais.

Qual foi a recepção do projeto entre os maçons e não-maçons? Foi possível obter um feedback?

Foi muito boa a recepção somente no meio maçônico, a comunidade em geral não se empolgou tanto assim com o projeto…uma pena.

Qual foi a maior dificuldade em sua implementação?

A maior dificuldade em implementação foi a edição dos vídeos e a baixa adesão dos irmãos da loja, que não queriam falar muito sobre o tema, além, é claro, de agendar uma data de gravação comum a todos.

O que levou ao término do projeto?

Terminamos junto com as eleições de 2016 e, assim, não pensamos em mais iniciativas.

Quais recomendações você daria para outros irmãos que desejem implementar algum projeto semelhante? O caminho das pedras, por assim dizer.

A recomendação é que todos possuam um maior envolvimento com projetos do gênero e principalmente assumindo a responsabilidade que cada um tem quando da iniciativa de montar um projeto trabalhoso. Normalmente, as ideias surgem, mas sempre são os mesmos que correm atrás. A ideia é que muitos colaborem.

Comentários do autor

Particularmente, eu gostei muito do projeto quando de seu lançamento, nos idos de 2016, em especial por acreditar que a atuação da maçonaria no desenvolvimento da sociedade deve ser dar pela educação. Enquanto alguns irmãos teimam em perseguir a ideia de uma maçonaria protagonista no cenário político, algo que historicamente sempre termina mal (como bem abordado aqui), projetos de cunho educacional permitem que os próprios cidadãos sejam os protagonistas da mudança, cabendo à nossa Fraternidade tão somente o papel de facilitador, ajudando na formação dos indivíduos.

Infelizmente, como relatado pelo irmão Tiago, a adesão dos irmãos a esse tipo de projeto costuma ser baixa. Sabemos bem que a maior parte dos trabalhos de uma loja, normalmente, caem sobre os mesmos irmãos. Essa cultura de “menor esforço” é uma questão a ser trabalhada e abordada, tanto em loja quanto fora dela. Acredito que, em parte, esse problema seja devido à falta de identificação dos irmãos com os projetos de sua loja (as vezes com a própria loja). Nesse sentido, é importante que os dirigentes da loja conheçam seus obreiros, permitindo que cada um deles atue nos temas que mais lhe interessam, aumentando a adesão e participação dos irmãos em loja.

Infelizmente os vídeos foram retirados do ar e por isso não poderão ser apresentados aqui.

E você, o que achou do projeto? Deixa sua opinião e compartilhe essa ideia. Vamos fomentar e divulgar as boas práticas da maçonaria brasileira.

Quer ver seu projeto aqui? Fale conosco, vamos conversar!

Por Aylton Cordeiro Neto

Mestre Maçom na ARLS União Barão do Pilar, 21, no rito de York foi exaltado Maçom do Real Arco e no Rito Escocês Antigo e Aceito alcançou o grau 11. Graduado em Matemática e graduando em Direito, possui especialização em Maçonologia.

0 resposta em “Boas práticas Maçônicas – Educação em ciência política”

Olá, achei excelente a idéia, mostrar projetos não é vaidade como muitos podem achar, mas sim uma possibilidade de troca de experiências e idéias, que podem ajudar a alavancar projetos em outras regiões.
Quanto ao projeto em si aqui relatado foi super interessante. Temos uma falha em educação política no país, poder difundir isso é fundamental.
Parabéns e abraços

De fato a maçonaria brasileira necessita urgente de atividades que visam a melhoria de seus processos e a melhor alinhamento do conhecimento dos seus membros.

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